Concurso Casa de Rui Barbosa

A proposta apresentada para o concurso público de âmbito nacional, para criação da reserva técnica da Casa de Rui Barbosa, situada no Rio de Janeiro, parte da idéia de um conjunto arquitetônico único em um terreno com geometria irregular. A partir dos alinhamentos do traçado urbano, testada do lote e recuos mínimos obrigatórios determinou-se as linhas de força do projeto.

O ponto chave do partido arquitetônico foi a criação de uma Praça resultante da relação volumétrica dos três elementos novos projetados (Anexo, sala de exposições e escada) somados ao edifício existente. Como componentes que organiza e distribui os espaços circundantes, a Praça tem papel central nesta proposta.

Buscou-se a preservação da pré-existência em sua leitura espacial, mantendo a inteireza da sua imagem e propondo a criação de um diálogo formal com o novo sem mimetismos e sem predominâncias. Nesse sentido, reforçamos, na composição dos fechamentos externos das novas edificações, a assimilação da modulação existente na fachada do Edifício Sede, marcante pelas placas verticais de cheios / cheios-com-vazios. Com a repetição dessa modenatura nos montantes das esquadrias dos novos edifícios, cria-se um diálogo por semelhança e contraste. Semelhança formal na materialidade compacta do concreto e contraste pela sua repetição e transparência do vidro.

O conceito definidor de “caixa na caixa”, das áreas de reserva a utilização de recuos mínimos e a criação de subsolo semelhante ao existente no Edifício Sede possibilitou uma área construída mais ampla para guardar o acervo e estabeleceu uma conexão entre os dois imóveis.

A leitura da fachada principal do anexo busca traduzir, por meio da pele de revestimento metálico, a função do edifício como uma “grande caixa” de guarda, marcada por dois fechamentos complementares transparentes, do térreo e do último pavimento, como vazios para captação de luz e integração com o entorno. Esse revestimento metálico apresenta um grau variado de perfurações, definido de acordo com a necessidade de iluminação natural no interior, de modo a reduzir as aberturas nas proximidades das Antecâmaras e intensificar esses vazios nas áreas de circulação.

Toda a estrutura é proposta em concreto armado, em sistema simples de pilar, viga chata e lajes nervuradas, contando com oito pilares, de iguais dimensões, recuados das bordas do terreno. A solução proporciona grande flexibilidade de uso em toda a edificação, estabelecendo-se uma planta livre com as estruturas periféricas. As lajes nervuradas são dimensionadas para suportar carga equivalente a 2000 k/m², capazes de receber o mobiliário deslizante com o acervo. Apesar de ser uma estrutura reforçada, a concepção estrutural não demanda nenhum arrojo ou complexidade construtiva de execução, nem custos excessivamente elevados.

FICHA TÉCNICA

Ano: 2013
Localização: Botafogo – Rio de Janeiro/Rio de Janeiro
Coord. Geográfica: 22°56’52.6″S 43°11’14.3″W (ver no google)
Status: Não Construído
Área do Terreno: 520 m²
Área Construída: 2.272 m²
Autor: Adriano Mascarenhas
Colaboradores: Griselda kluppel, Arthur Chaves, Erasto Carvalho, Fernanda Machado, Thaís Canuto, Stella Andrade e Rafael Ferraz
Imagens: Acervo Sotero Arquitetura

 

Concurso Biblioteca FDUSP

O projeto de renovação da Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo surge da cuidadosa observação da pré-existência e do programa a ser alí implantado, bem como estabelece a premissa de racionalidade na intervenção, economia, baixa complexidade de execução e geração controlada de resíduos.

A sistematização de um bloco lateral contendo em todos os pavimentos as escadas principais de circulação, o monta-cargas / elevador de serviço e sanitários, além de área de apoio é parte importante da nova organização programática do edifício, liberando assim a maior área livre possível nos diversos andares para solução do programa solicitado. Propõe-se a construção de dois novos pavimentos, proporcionando uma melhor solução volumétrica para o edifício.

A proposta prevê a reestruturação completa da fachada, buscando refletir para o exterior as soluções de organização planimétrica ao marcar de maneira contundente a presença do bloco monolítico de serviços e do bloco mais transparente correspondente à entrada, administração, acervo e estudo, divididos entre se por uma “fenda”, encerrada por uma lâmina de vidro.

FICHA TÉCNICA

Ano: 2013
Localização: Vila Buarque – São Paulo/São Paulo
Coord. Geográfica: 23°33’01.1″S 46°38’10.9″W (ver no google)
Status: Não Construído
Área do Terreno: 380,48 m²
Área Construída: 4.041,51 m²
Autor: Adriano Mascarenhas
Colaboradores: Sergio Ekerman, Flávia Dantas, Iuri Nascimento, Larissa Vita, Priscila Aragão e Rodrigo Arruda
Consultores: Ana Maria Rapassi (Biblioteconomia), Márcio Orsi (Legislação São Paulo), Olavo Fonseca (Acústica), Rafael Ferrraz (Visualização Tridimensional), Rosana Munhõz (Estrutura), Vitor Dotto (Instalações)
Imagens: Acervo Sotero Arquitetura

 

Apartamento Villa da Graça

Projeto de reforma de um apartamento para um casal jovem teve como premissa a criação de duas cozinhas: uma gourmet (para eventos) e uma cozinha de serviço (para uso diário).

O apartamento de 260,00 m² , que inicialmente possuía 4 suítes, teve um dos cômodos demolidos para ampliação da sala de estar, integrada com a varanda. O jantar se conecta com a cozinha gourmet, que tem vista privilegiada para toda sala de estar e adega. A parede da adega e lavabo é revestido em madeira. A obra conta com pisos em Marmoglass de 1.20 x 1.20 m, paredes em madeira e pintura, forro em gesso acartonado e bancadas em Corian.

FICHA TÉCNICA

Projeto: Apartamento Villa da Graça
Ano: 2013
Localização: Graça – Salvador/Bahia
Coord. Geográfica: 12°59’58.7″S 38°31’28.1″W (ver no google)
Status: Construído
Área Construída: 260m²
Autor: Adriano Mascarenhas
Imagens: Xico Diniz